AS DUPLAS DA F1 2014


SÃO PAULO | Está definido o grid da F1 2014. Foram anunciados na última terça-feira os dois pilotos da Caterham, Kamui Kobayashi, que volta à categoria após uma temporada, e o sueco Marcus Ericsson. Aproveitei a ocasião para fazer um ranking das que considero as melhores — e as piores — duplas da temporada. Vamos lá.

1) FERRARI — ALONSO E RÄIKKÖNEN

Clar0 que a melhor dupla é a única que tem dois campeões mundiais. Será a mais interessante de se observar, também. Depois de Vettel, esses foram os dois melhores pilotos da F1 nos últimos dois anos e, se não entrarem em rota de colisão — e, obviamente, a Ferrari construir um bom carro — serão os dois que mais chance terão de quebrar a hegemonia do alemão. Alonso e Kimi somam 52 vitórias na carreira, mais do que qualquer outra dupla do grid.

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2) MERCEDES — HAMILTON E ROSBERG

Hamilton e Rosberg trabalharam muito bem em conjunto em 2013. Sã0 dois pilotos de estilos diferentes, mas que, no final, terminam com o mesmo tempo de volta. Embora tenha vencido somente uma corrida no ano passado, o primeiro na Mercedes, o inglês é um piloto que sabe ganhar GPs — ganhou ao menos um em todas as temporadas em que competiu na F1. Rosberg é bom piloto, meio low profile dentro do time, mas, mesmo fora dos holofotes, é capaz de conquistar ótimos resultados e forçar Hamilton a elevar o nível para vencer a batalha interna.

3) RED BULL — VETTEL E RICCIARDO

De Sebastian Vettel, não é preciso falar nada. Daniel Ricciardo é que tem muito a provar em 2014. O australiano subiu para a Red Bull e agora tem a obrigação de andar na frente e vencer GPs. Acredito que será capaz de fazê-lo. É um piloto rápido, deve conseguir bons resultados em treinos classificatórios e aí terá a missão de se manter nas primeiras posições aos domingos — não foi o seu ponto forte enquanto esteve na Toro Rosso.

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4) McLAREN — BUTTON E MAGNUSSEN

Aqui o quinto campeão mundial do grid junto do promissor novato que a McLaren resolveu efetivar. Button é capaz de liderar uma equipe, já mostrou isso em mais de uma oportunidade, mas tenho a impressão de que ele precisa de um companheiro que represente um desafio. Magnussen é muito bom. Bem melhor que o pai. A questão é que ele vai estrear na F1 sem ter andado decentemente com o carro, testou somente nos simuladores. Ainda assim, acredito que seja uma boa aposta.

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5) WILLIAMS — MASSA E BOTTAS

Um bom conjunto que pode dar certo. Bottas foi o melhor estreante de 2013 e mereceu a chance de continuar na F1 na Williams. Mostrou talento, esse finlandês. Massa talvez tenha mais a provar do que o colega, mas também tem capacidade para mostrar que pode liderar uma equipe. Fora da Ferrari e sem a companhia de Alonso, o brasileiro pode voltar a ser aquele piloto que foi até 2009 — mas é só dentro da pista que veremos quanto a mudança de equipe vai servir de impulso para essa recuperação pessoal.

6) FORCE INDIA — HÜLKENBERG E PÉREZ

Nico Hülkenberg, o zicado-mor da F1, terminou 2013 mostrando todo o seu potencial. Sergio Pérez, nem tanto. Acabou dispensado pela McLaren. É uma dupla que pode render bons frutos para a Force India. É ao menos melhor do que a do ano passado (Hülk melhor que Di Resta e Pérez melhor que Sutil).

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7) LOTUS — GROSJEAN E MALDONADO

Não me parece que essa é uma dupla que vai trabalhar bem em conjunto. Romain Grosjean andou bem demais no fim de 2013 e tem capacidade de liderar a Lotus — vai depender só de como o carro vai se comportar. E como Maldonado vai se comportar. O venezuelano até é rápido, mas teve um ano difícil em 2013 e precisará mostrar superação, além de cabeça no lugar para lidar com um rival que tem total condição de andar à frente.

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8) TORO ROSSO — VERGNE E KVYAT

Jean-Éric Vergne tem um bom ritmo de corrida e, a julgar pelo o que aconteceu com outros pilotos da Red Bull, deve ter sua última chance na Toro Rosso neste ano. Ninguém correu lá por mais de três anos. Ou seja: precisará mostrar mais do que mostrou no início da carreira na F1 para provar que pode, quem sabe, ser promovido à RBR em algum momento ou, ao menos, garantir vaga em outro time. Só que, para isso, terá de bater um promissor Daniil Kvyat, que terá de se adaptar a um carro mais potente do que qualquer outro que já pilotou. Olho no russo.

9) CATERHAM — KOBAYASHI E ERICSSON

Kobayashi, que está voltando à F1, já conhecemos. Rápido, capaz de dar show, só vai ser difícil isso acontecer com ele pilotando a Caterham. Junto dele está o sueco Marcus Ericsson, novato de quem podemos esperar mais do que Charles Pic e Giedo van der Garde, ainda que não muito.

10) SAUBER — GUTIÉRREZ E SUTIL

Se o carro for bom, esses dois até podem conseguir bons pontos e resultados melhores, mas ficam na leva dos piores do grid de 2014.

11) MARUSSIA — BIANCHI E CHILTON

Jules Bianchi foi bem em 2013, Max Chilton, nem tanto, embora tenha completado todas as 19 corridas — um recorde. Até dá para imaginar Bianchi conseguindo algo mais notável, mas a dupla em si considero a mais fraca do grid.

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