BMW TEM DE FAZER FORÇA DO CONJUNTO VALER PARA AJUDAR FARFUS CONTRA ROCKENFELLER


2013-dtm-08-oschersleben-farfus-rockenfellerSÃO PAULO | O campeonato de 2013 do DTM pode chegar ao fim já neste fim de semana: líder, Mike Rockenfeller tem 33 pontos a mais que o segundo colocado, Augusto Farfus. Se Ninho não marcar oito pontos a mais que o alemão, já era, e a Audi voltará a ser campeã após duas temporadas.

O grande problema para Farfus é que vencer não basta: Rockenfeller tem de ser, neste caso, terceiro, no máximo. As combinações são as seguintes:

  • Vitória: Rockenfeller pode ser terceiro
  • Segundo lugar: Rockenfeller pode ser quinto
  • Terceiro lugar: Rockenfeller pode ser sétimo
  • Quarto lugar: Rockenfeller pode ser oitavo
  • Quinto lugar: Rockenfeller pode ser nono
  • Sexto lugar: Rockenfeller não pode pontuar
  • Sétimo lugar: Rockenfeller é campeão

Ou seja: o jogo de equipe da BMW será fundamental na corrida de Zandvoort, neste domingo, para ajudar o brasileiro a levar a decisão do campeonato para a final, em Hockenheim, onde o retrospecto de Farfus é bom. Quando digo jogo de equipe, é no sentido de que a montadora de Munique precisa colocar o maior número possível de pilotos entre ele e Rockenfeller. Em um cenário ideal, Farfus vence e Rockenfeller é o nono colocado atrás de outras sete BMW. Mas, convenhamos, isso é bem pouco provável. Dois, três pilotos, aí já não é tão impossível. E tem que ver também como que a Mercedes vai andar neste fim de semana.

Conversei, hoje à tarde, com Farfus por telefone. Ele se mostrou tranquilo e, sobre essa questão do jogo de equipe, disse que ainda não houve nenhuma conversa, tampouco gosta de uma situação em que um piloto saiba que vai precisar abrir caminho para outro. Mas não negou que conta com seus companheiros para tirar pontos de Rockenfeller. Mais dessa conversa, nesta sexta, no GRANDE PRÊMIO.

Ano passado, vale lembrar, todo mundo abriu caminho para Bruno Spengler se recuperar em Valência e chegar em sexto.

Independentemente do que acontecer neste fim de semana, Farfus pode ficar orgulhoso do 2013 que fez. No que esteve nas mãos dele, saiu-se muito bem. Foram duas as corridas em que ele não chegou perto das primeiras posições, em Lausitz e em Norisring. O outro resultado adverso foi em Brands Hatch, quando uma quebra no câmbio custou o segundo lugar que parecia garantido. Rockenfeller venceu.

Além de que Rockenfeller está merecendo. A regularidade foi enorme. Pontos em todas as etapas, duas vitórias, pódios. Foi o grande ano de sua carreira. Até escrevi uma coluna sobre isso outro dia. Está aqui. Mas, neste ano em que a F1 já está praticamente definida, não custa nada torcer por um pouco mais de emoção nos outros campeonatos. Portanto, não seria nada mal se Farfus conseguisse adiar a decisão para Hockenheim, no dia 20 de outubro – fim de semana que poderá ser decisivo também na Indy  para outro brasileiro, Helio Castroneves.

DTM na Áustria


SÃO PAULO | 11h18 | Pelo retrospecto recente, a Audi é a marca a ser batida no Red Bull Ring. Neste domingo, a montadora de Ingolstadt vai tentar vencer pela terceira vez consecutiva na etapa austríaca do DTM.

Após ficar fechado para reformas, o circuito voltou a receber a categoria em 2011, quando Martin Tomczyk venceu. No ano passado foi a vez de Edoardo Mortara. Em 2013, a marca chega a Zeltweg liderando o campeonato com Mike Rockenfeller.

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Edoardo Mortara ganhou na Áustria em 2012 (Foto: DTM)

Mesmo assim, ainda penso que a BMW está um passo à frente de Audi e Mercedes neste campeonato. Mostrou isso ao andar forte em duas pistas completamente diferentes, Hockenheim e Brands Hatch.

O brasileiro Augusto Farfus chega a essa etapa pensando em retomar a liderança do campeonato, o que não é difícil. Ele tem quatro pontos a menos que Rockenfeller. Farfus também tenta largar na primeira fila pela quinta corrida consecutiva – desde a etapa de Valência, no ano passado, que ele não sabe o que é ter um carro estacionado a sua frente no momento da largada.

De curiosidade, fica a disputa entre Bayern de Munique e Stuttgart também dentro das pistas. Os dois times vão disputar a final da Copa da Alemanha neste sábado e estarão representados, respectivamente, nos carros de Miguel Molina e Pascal Wehrlein.

O treino classificatório é amanhã às 9h40 (de Brasília) e a largada, domingo, às 8h30.

Maurício, Rockenfeller, Barrichello e Farfus


(Foto: Miguel Costa Jr.)

SÃO PAULO | 20h05 | Escrevi bastante na minha coluna semanal lá no GRANDE PRÊMIO sobre as corridas de ontem da Stock Car e do DTM.

Em Salvador, Ricardo Maurício venceu pela primeira vez desde 2010. Regularíssimo que é, está sempre na briga, mas fazia tempo que não ganhava. E Barrichello foi sambar no pódio.

Em Brands Hatch, Mike Rockenfeller capitalizou em cima do erro da RMG com Martin Tomczyk, que marcou a pole abaixo do peso mínimo. Mesmo assim, não dá para tirar os méritos do piloto da Audi, que dominou a prova. Augusto Farfus estava em segundo lugar, mas o câmbio de sua BMW quebrou e provocou seu abandono.

Para ler a coluna, clique aqui.

A próxima etapa das duas categorias acontece daqui a duas semanas, no dia 2 de junho. A Stock vai correr em Brasília. O DTM, em Zeltweg.

BMW dominando em Brands Hatch


SÃO PAULO | 12h49 | Quatro dos cinco melhores da tomada de tempos realizada nesta manhã em Brands Hatch são pilotos da BMW. A montadora bávara é, de fato, a melhor do DTM neste início de temporada. A pole-position foi conquistada por Martin Tomczyk, que não largava em primeiro desde os tempos de Audi. Ele bateu justamente um piloto de sua ex-casa, Mike Rockenfeller, que larga em segundo. Completam o top-5 apenas pilotos da BMW: Augusto Farfus, Joey Hand e Bruno Spengler.

Diante disso, acho que a segunda vitória do ano não vai escapar da marca. Na versão Indy da pista localizada em Kent, na Inglaterra, as ultrapassagens não são tão fáceis e a prova depende muito da estratégia e da relação com os pneus – algo que a BMW fez muito bem em Hockenheim, há duas semanas, quando Augusto Farfus ganhou.

Com relação a Audi e Mercedes, se o que aconteceu em Hockenheim se repetir, os quatrargólicos vão cair bastante, sem um bom ritmo de corrida, enquanto os jovens da Mercedes vão crescer ao longo da prova.

Correndo em casa, os pilotos ingleses foram mal. Andy Priaulx larga apenas em oitavo. Gary Paffett é o 12º, e Jamie Green, o 18º. No ano passado, o vencedor da etapa britânica do DTM foi Gary Paffett.

A largada será dada às 8h30 de amanhã.

Sobre o DTM e o WEC


2013-dtm-01-hockenheim-farfusSÃO PAULO | 17h45 | Esses dias de Indy no Anhembi foram bem puxados, então nem deu para escrever aqui no blog sobre as corridas do DTM e do WEC, que, dessa vez, não foram as melhores do fim de semana – a Indy superou todas.

Claro que o destaque foi a vitória de Augusto Farfus em Hockenheim, comprovando a boa forma da BMW. Era o que eu esperava. Admito que a Mercedes ter tantos carros andando na frente em certo ponto da corrida me surpreendeu, assim como a Audi ficar bem lá atrás no domingo, apesar de ter marcado a pole no sábado com Timo Scheider.

2013-wec-02-spa-podio#1No WEC, a Audi dominou, mas viu que a Toyota pode ameaçar um bocado sua hegemonia. O novo protótipo japonês é bom, rápido e tem uma boa autonomia, mas abandonou com um problema no motor elétrico que estava causando um superaquecimento dos freios. No fim das contas, vitória de André Lotterer, Marcel Fässler e Benoît Tréluyer, que deram o troco sobre o trio Tom Kristensen, Allan McNish e Loïc Duval. Eles estão empatados na liderança do campeonato.

O Audi #3, o modelo que será usado em Le Mans, se mostrou rápido, principalmente nas mãos de Lucas Di Grassi.

Eu falei mais sobre essas corridas do fim de semana na minha coluna no site GRANDE PRÊMIO. Clique aqui para ir lá ler.

A nova temporada do DTM


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SÃO PAULO | 19h16 | Foi ao ar hoje no GRANDE PRÊMIO um especial que eu preparei sobre a abertura da temporada 2013 do DTM. A primeira corrida do ano é neste domingo, em Hockenheim, na Alemanha. O ‘Conta-giro’ dessa semana conta com entrevistas que fiz com o brasileiro Augusto Farfus e com Dr. Wolfgang Ullrich, o chefão da Audi, e as informações sobre as mudanças de regras e de pilotos. Aqui, no blog vou comentar o que escrevi por lá.

Palpite: a BMW inicia o ano como favorita. Terminou o ano passado com o melhor carro e andou bem na pré-temporada. Em Hockenheim, no início do mês, liderou todos os quatro dias de atividades. Claro que a pré-temporada é o melhor lugar para cavalos paraguaios mostrarem as caras, mas não acho que esse seja o caso. A BMW foi campeã de 2012, venceu metade das corridas e trabalhou bastante para atualizar seu carro para o novo campeonato.

Os principais nomes da BMW são, claro, Bruno Spengler, Augusto Farfus e Martin Tomczyk. Olho também em Timo Glock, que estreia na categoria depois de desistir da F1, e no novato Marco Wittmann, alemão que já está mostrando muito potencial.

Quem também trabalhou demais foi a Audi, que não viveu um ano bom. Nenhum piloto de Ingolstadt conseguiu disputar o título, e a marca venceu apenas duas provas oficiais, na Áustria e na Holanda, com o italiano Edoardo Mortara. Para este ano, a Audi contratou o inglês Jamie Green, que defendeu a Mercedes nos últimos oito anos e mostrou que pode ser campeão do DTM. Além disso, houve uma reestruturação interna com a promoção de Dieter Gass para a chefia da operação da montadora no campeonato alemão de turismo. Falei mais disso neste outro post. E claro que não podemos descartar os bicampeões Mattias Ekström e Timo Scheider — se bem que Scheider andou bem mal no ano passado.

A Mercedes, finalmente, é a grande dúvida. Acho que dá para dizer que ela foi a grande derrotada de 2012: na última etapa, perdeu os títulos de pilotos, equipes e caiu para a última posição no campeonato das marcas. Para piorar, perdeu Norbert Haug, que pediu demissão em dezembro, Green, os figurões David Coulthard e Ralf Schumacher e não conseguiu reunir pilotos de peso para mostrar que vai com tudo para brigar pelo título. Sobrou só Gary Paffett.

O que parece é que, com a chegada de Toto Wolff e a juventude de Christian Vietoris, Robert Wickens, Roberto Merhi, Daniel Juncadella e Pascal Wehrlein, a Mercedes está é dando início a um projeto de longo prazo. Juncadella e Wehrlein são bem promissores e estrearão em 2013.

Mas, para jogar contra a marca de Stuttgart, que terá apenas seis carros e não mais oito, o DTM terá menos treinos a partir deste ano. A programação já era curta, tinha apenas uma sessão de 90 minutos na sexta-feira e outra na manhã de sábado. Agora, a sexta-feira não terá atividades de pista. Logo, com tantos jovens, dois carros a menos que Audi e BMW e tempo reduzido para treinos, será bem mais complicado acertar os bólidos.

Ainda falando sobre os treinos, essa redução torna importantíssimo o trabalho realizado nos simuladores antes das corridas, bem como valoriza demais a experiência de anos anteriores. Com tão pouco tempo de pista nos finais de semana de corrida, é preciso chegar a um circuito com um acerto bem próximo do ideal para apenas mexer no ajuste fino na manhã de sábado para aprontar tudo para a tomada de tempos.

No quesito show, duas regras devem tornar as corridas mais movimentadas: a asa móvel e os pneus macios, entre 1s e 1s5 mais rápido que o pneu convencional. Asa móvel, não gosto, assim como não gosto dela na F1, mas OK. Estamos ficando acostumados a ela, infelizmente. Os pneus macios são, sim, uma ideia boa, mas está sendo mal aplicada. Esses compostos poderão ser usados apenas aos domingos, na corrida. Salvo alguma mudança de última hora, nenhum jogo será disponibilizado para os treinos e a tomada de tempos. Ou seja: o rendimento dos pneus será uma surpresa. Antes do início da classificação, as equipes deverão declarar o tipo de composto com o qual começará a prova.

É mais ou menos isso. A temporada começa domingo, em Hockenheim, pista mais tradicional da categoria e que recebe também a final, marcada para outubro. O horário, atenção, mudou: 8h30. Essa medida foi tomada para evitar as coincidências com a MotoGP.

Mais um da BMW


SÃO PAULO, 14h37 – A BMW soltou mais um vídeo bem divertido com pilotos do DTM. Dessa vez, a brincadeira era a seguinte: botar quatro pilotos dentro do carro para uma volta pelo circuito de Valência, onde aconteceram alguns testes particulares em março. Após uma escolha bem democrática, Martin Tomczyk foi escolhido como motorista. Augusto Farfus, Joey Hand e Andy Priaulx foram os passageiros. Será que a mulher do Farfus se sentiu vingada pelo o que aconteceu no ano passado, em Nürburgring? Dica do Fernando Silva.

Adaptação concluída com sucesso


“Foi uma grande temporada para mim. Tivemos um final muito forte, com poles, pódios e uma vitória em meu primeiro ano na categoria”, disse Augusto Farfus depois do pódio deste domingo, em Hockenheim.

Ninho terminou sua primeira temporada no DTM no pódio. Foi receber um troféu que serve de prêmio para o bom desempenho que apresentou ao longo do ano.

O começo do ano teve algumas oscilações, mas nada que permite dizer que foi um começo ruim. Estreando no DTM, assim como a sua equipe, a RBM, e a BMW, aquele período seria de adaptação. O próprio Farfus admitiu isso.

Nas cinco primeiras corridas, somou 16 pontos. 15 deles, numa corrida só: em Lausitz, quando largou em segundo e chegou em terceiro. Teve uma chance boa para pontuar novamente em Norisring, a última do primeiro semestre, mas um grande acidente o tirou da prova na largada.

Adaptação concluída, a meta para o segundo semestre passou a ser pontuar em todas as corridas. Em uma entrevista ao GRANDE PRÊMIO, ele disse que esperava que a primeira vitória chegasse logo, com a certeza de que ela viria.

Nada do que Farfus falava era exagero, ou então uma tentativa de criar falsas expectativas. Ele pontuou em todas as corridas da segunda metade do ano: décimo em Nürburgring, nono em Zandvoort, quinto em Oschersleben, vencedor em Valência.

Esse foi o auge de 2012 para Farfus. Rápido durante todo o fim de semana, cravou a pole, liderou de ponta a ponta e venceu. Uma vitória maiúscula. Ocasional? Talvez. A confirmação da força do brasileiro veio com a segunda pole consecutiva, em Hockenheim, no encerramento do campeonato.

Farfus não interferiu muito na briga pelo título. Não dificultou para Spengler ultrapassar na primeira volta e atrasou um pouco Gary Paffett no primeiro stint. Nem tinha que. A briga foi boa só com os dois lá na frente. Em terceiro, ele foi ao pódio participar da festa da BMW e levou um troféu para casa.

Era ele quem merecia estar lá junto de Spengler, afinal, foi o segundo melhor piloto da BMW no ano, além de ser o melhor estreante da temporada. No fim, Farfus somou 69 pontos, a mesma quantidade de Martin Tomczyk, mas levou vantagem por ter uma vitória. Seu crescimento foi importantíssimo para a BMW vencer o título de marcas e ajudou sua marca a vencer cinco das dez corridas do campeonato.

Em 2013, Farfus voltará mais forte do que esteve em 2012. A tendência é que ande no mesmo nível que terminou essa temporada. Assim, brigará por novas vitórias e pelas primeiras posições do tabela de pontuação. Para uma estreia, 2012 foi mesmo uma grande temporada para Ninho.

Na pole de novo


Farfus gostou de largar na pole-position no DTM. Já conquistou mais uma. Amanhã, às 10h, por causa do horário de verão, ele alinhará na primeira posição do grid de largada em Hockenheim. Atrás dele, Gary Paffett e Bruno Spengler.

O brasileiro disse que não acredita que vá precisar ceder a posição para Spengler na disputa pelo título. Talvez não precise mesmo. Se o canadense for segundo, com a vitória de Farfus, é campeão. Se for terceiro, à frente de Paffett, também levanta o caneco. Mesmo assim, dependendo do que acontecer, é bem possível que alguma ordem dos boxes mude a ordem dos carros na pista – o que será completamente compreensível.

E Paffett estará sozinho nessa: a BMW tem cinco carros dentro do top-10. Jamie Green é a segunda melhor Mercedes do grid, mas larga em décimo e também pode ser campeão. Ou seja, a BMW tem uma boa chance de conquistar o título do DTM no ano de seu retorno à categoria.

A decisão deve ser das boas.

 

A primeira do Brasil


Em uma semana, Augusto Farfus foi o protagonista de dois vídeos da BMW. Em um, como Ninho, marido da Liri. No outro, como Augusto Farfus mesmo, vencedor da etapa de Valência do DTM. Quase chorou na volta final da corrida, confessou. Mas o apelido do vídeo da semana passada vai pegar mesmo. Na comemoração, teve gente chamando ele de Ninho, por volta de 1min55s. Ah, se alguém não viu o vídeo em que o piloto leva sua esposa para uma volta pelo Nordschleife, veja. Está aqui.